Friday, July 10, 2009

Semana de Cicloturismo - Capitulo 6 Alfeizerão - Praia da Areia Branca 15.05.2009

Dia 6 (15.05.2009). Alfeizerão – Praia da Areia Branca 91 km

Sexta-feira. Penúltima etapa, e de grande importância já que o dia a seguir era dia de descanso, algo que já estava a precisar.

Tomado o pequeno-almoço, voltei à estrada. Iniciei a contenda por descer aquilo que no dia anterior tinha subido, pois iria dirigir-me novamente a São Martinho do Porto para aí tomar a estrada em direcção à Foz do Arelho, onde faria a primeira paragem. Contudo, acabei por parar logo em Alfeizerão, para me abastecer do produto gastronómico típico da vila - o pão de ló (excelente decisão!). Chegado a São Martinho do Porto apanhei então a estrada para a Foz do Arelho, sendo que esta era dotada de ciclovia. Ora aqui está outro excelente exemplo de como é possível ter este tipo de estrutura sem gastar muito dinheiro.

O dia esse continuava fresco, apesar do sol ter espreitado a maior parte do tempo. Chegada à Foz do Arelho. Esta vila tem na lagoa de Óbidos o seu interesse turístico, sendo um destino de férias muito agradável, em especial no verão. Por enquanto, os veraneantes eram poucos, e o melhor era mesmo optar por uma esplanada e desfrutar da paisagem.

Depois de umas fotografias, arranquei direito a Óbidos onde iria uma vez mais recuar no tempo e viver um pouco da história de Portugal. Antes disso, passei pelas Caldas da Rainha, onde pensei que houvesse algum monumento dedicado ao artesanato local, tão conhecido em todo o pais, mas se o há eu não o encontrei. Assim, tive de me “contentar” por fotografar a estátua da Rainha D. Leonor esposa do Rei D. João II, principal impulsionador da época dos descobrimentos – a nossa melhor época.

Mas o meu objectivo era mesmo visitar o castelo de Óbidos, pelo que dei às perninhas e pus-me a caminho da minha próxima paragem. Como isto dos castelos nunca são construídos em zonas baixas, lá tive de fazer umas subidas até chegar à entrada desta fortificação medieval. A vila antiga existente no seu interior, muito bem conservada, é outro motivo de interesse. Entre ruas e ruelas, igrejas e chafarizes, é o comércio que hoje impera, com muitas lojas de artesanato espalhadas por todo o recinto. Um dos produtos mais procurados pelos visitantes, é a ginginha, algo a que também eu não pude resistir a provar, desta feita num copo de chocolate – muito bom!
Um pouco mais de turismo, descobrir um ou outro recanto, ver as vistas e dar a visita por concluída.



O próximo “passo” era conhecer o Baleal. Sempre com a orientação do GPS lá fui pedalando pela estrada fora aproveitando a distância para por os pensamentos em dia. O Baleal foi uma bela surpresa – uma ilha (apesar de ter ligação por terra) de elevada beleza natural, com as suas praias, as suas escarpas, até mesmo a própria aldeia – lugar encantador. Como é pequena, foi de forma rápida que dei a volta à ilha. Este cenário merecia uma pausa e o meu estômago merecia um “almoço”, pelo que me sentei num banco virado para o mar a apreciar a vista.



Como o tempo não pára e ainda havia Peniche para ver, lá levantei ancora. Deixado o Baleal para trás, Peniche fica a uma distância muito curta. A ideia era, também aqui, dar a volta a esta península. Este trajecto foi novamente feito em ciclovia cujo terminus junto à imagem de nossa senhora da boa viagem era um bom augúrio. As portas da cidade (portas do forte) ficavam uns metros mais à frente, onde iniciei a exploração desta localidade. Procurei sobretudo pontos de miradouro com vista para o mar ou para figuras rochosas que o mar esculpiu pacientemente ao longo de séculos, tendo encontrado locais com vistas muito bonitas. A varanda de Pilatos foi um dos locais visitados, assim como o cabo carvoeiro, a ponta mais ocidental de Portugal a Norte do cabo da Roca, entre outros.



Começava-se a fazer tarde e ainda tinha alguns quilómetros para fazer até à Praia da Areia Branca. Por outro lado, já me começava a sentir bastante cansado e ansiava por terminar esta tirada rapidamente. Lancei-me assim para os últimos quilómetros em passo acelerado e esperando que o terreno não fosse irregular. Na verdade não foi muito irregular, apenas alguns desníveis que as pernas já tinham alguma dificuldade em ultrapassar, mas não tinham outro remédio.

Chegar ao destino final foi um alivio, e como a Praia da Areia Branca é uma localidade pequena, rapidamente localizei a Pousada da Juventude. Antes de ir descansar, havia ainda de tirar algumas fotografias para a posteridade. Estas atestam o meu estado de cansaço, legitimo diga-se, pois já pedalava à seis dias seguidos.

O dia seguinte era dia de descanso...”até que enfim...iupi!! um dia de férias!“



Dados da etapa:
Distância: 91 km

Tempo a pedalar: 06:09h
Tempo parado: 02:33h

Média a pedalar: 14,8 km/h
Média geral: 10,4 km/h

Altimetria: 1023 metros

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