Wednesday, May 27, 2009

PortalegreBTT maratona 02 de Maio de 2009

Bem vindos à rainha das maratonas...



A maratona de Portalegre é um marco no panorama BTTista nacional, sendo considerada vulgarmente como a prova rainha. Na realidade todos querem participar nela e este ano as inscrições esgotaram ao 2º dia! É obra! Para os Canários Rolantes esta maratona significa o grande objectivo do ano, a prova para a qual nos preparamos durante vários meses. E vale bem a pena. Aliás, Portalegre é já uma tradição, pois este é o 3º ano consecutivo que marcamos presença.



Como nos anos anteriores alugámos uma autocaravana que passa a ser a nossa casa durante três dias. Arrancámos logo na sexta-feira após realizarmos um bom abastecimento de comida, cerveja e este ano, como novidade também a energética marmelada para tomar ao pequeno almoço!! Este é considerado o dia de estágio. O almoço, umas massas para dar energia, é tomado no Montijo. Depois viajámos até à cidade de Estremoz, onde fizemos um pouco de turismo e, normalmente, petiscamos um caracolito (este ano, infelizmente, não tivemos oportunidade de o fazer devido a uns contratempos arranjados pelo fitas!). Jantámos este ano numa adega rústica, umas carnes típicas da região bem regadas com sumo de Baco. Daqui até Portalegre é um saltinho. Quando chegámos cumprimos outra tradição que é beber uns copos na noite portalegrense (a hidratação antes da prova é fundamental). E assim, terminámos o dia.



Sábado, a loucura toma posse da zona envolvente ao km zero (onde estamos parqueados). É ver malta a chegar às centenas com as bicicletas nos tejadilhos dos carros, a musica começar a tocar ainda antes das 7 horas e espreitarmos cá para fora, e ver ciclistas a aquecer e outros, os prós, a esperar que abra o km zero para tomarem os primeiros lugares da partida...depois só tem de esperar 2 horas! Era suposto sermos acordados por esta confusão, mas não, normalmente o fitas consegue acordar a malta antes, por uma razão ou por outra faz sempre de despertador - deve de ser da ansiedade! Assim, nas nossas calmas, lá nos vamos preparando. Tempo ainda para o café, doping aceite pela UCI, e do agrado da maioria.


Avançamos para o km zero onde tiramos uma fotografia de grupo, antes de "levarmos" o primeiro agrafo de controlo. Juntamo-nos aos outros ciclistas e esperamos que seja dada a partida.



Como estamos entre os últimos a partir, quando arrancamos já os primeiro saíram à cerca de dez minutos. Os primeiros quilómetros são pelas estradas de Portalegre até ao alto da serra de São Mamede, e neste percurso de cerca de 10 km, temos sempre algum publico a incentivar-nos, o que é sempre agradável.


Nós vamos seguindo tranquilamente na cauda do pelotão. A primeira subida ainda dentro da cidade (para o alto da serra) dá logo um bom aquecimento para o que vem a seguir. Chegados lá acima, deu-se a separação do grupo, sendo que o Fitas e o Pedais seguiram para os 50 km e o Centenário e o Eu seguimos para os 100 km.


Seguimos na direcção de Urra pelo que tivemos de descer em proporção idêntica ao que já tínhamos subido. Como tal, estes foram km muito rolantes com trilhos muito bons e suaves. A paisagem era deslumbrante e enquadrada com o bom tempo, diria que estava um dia perfeito (desconfio que os Ases do pedal também organizam a meteorologia, pois é o 3º ano que apanhamos condições perfeitas para a prova).


Passámos pela ZA (zona de abastecimento) em Urra (km 32) e seguimos direitos a Besteiros, quer por trilhos dentro de mata quer por dentro de herdades. A passagem por um riacho, a pé e com a bicicleta às costas quebrou um pouco a rotina do pedalar e refrescou-nos as pernas até meia canela. A segunda ZA surgiu ao km 54 onde encontramos o Valentim de Sacavém com os seus amigos. Um dedo de conversa enquanto restabelecíamos as energias já gastas, uma vista de olhos ao perfil da prova, e a confirmação que até aqui tinha sido fácil, e que o difícil ainda estava para vir. No entanto, ainda tínhamos até à próxima ZA para nos começarmos a preocupar. Montámos outra vez nas nossas bikes e arrancamos para a segunda metade da prova.



A partir daqui já podemos provar algumas subidas dignas desse nome enquanto víamos a serra das antenas cada vez mais próxima. Uma cãimbra muscular sentida pelo Centenário fez-nos ficar um pouco preocupados. Fizemos uma pequena paragem para recuperar. Com a ZA a apenas 5 km decidimos avançar enquanto ele ia vendo como se sentia. A aproximação a esta ZA foi feita lentamente, pois esta ficava exactamente no meio de uma subida de significativa inclinação – diria que era uma subida de nível 2. O Centenário não se voltou a ressentir mas a perspectiva de fazer a subida das antenas não era nada animadora. Solicitámos num stand de apoio a lubrificação das correntes pois estas já estavam completamente secas e as nossas “burras” já se queixavam.

Deixámos para trás a ZA do km 72, tendo que fazer o resto da subida, o que não é muito agradável depois de se comer e de se ter estado parado. Ultrapassada esta colina descíamos um pouco, ziguezaguevamos pela encosta da serra e ganhávamos animo para o grande teste do dia.

Ao km 77 começámos por fim a subir para as antenas. Como levava um ritmo um pouco mais animado, separei-me do Centenário. E ao chegar aqui, a ideia era adquirir um ritmo de modo a só parar nas antenas onde havia a última ZA. À medida que subia, ia passando por muitos ciclistas que levavam a bicicleta à mão. Na fase inicial ainda havia umas zonas de descanso (a subir na mesma mas com menor inclinação) o que aliviava um pouco a carga, mas não seria sempre assim, e cada curva que se fazia, mostrava ainda mais subida. Só com cerca de 400 metros de altimetria atingida é que apanhamos a estrada alcatroada de acesso às antenas. Aqui descíamos a boa velocidade durante meio quilometro e... lá voltávamos ao mesmo - subida. Saímos da estrada alcatroada e entramos de novo num trilho (eles acharam que pelo alcatrão seria muito fácil!). Em muitos ciclistas já se notava os sinais de cansaço extremo, e qualquer sombra era local de descanso. Os outros, poucos, que não levavam as bicicletas à mão, lá iam subindo em ritmo lento e paciente. Assim, metro após metro alcancei a ZA do km 87. O Centenário também fez a subida de forma limpa, mas não chegou à ZA antes de eu partir, e assim, tendo no espírito que o resto do trajecto seria sempre a descer, lancei-me para os últimos 15 km.


Inicialmente a descida era acessível e rápida, mas foi-se tornando pior, muito técnica e dura, que exigia muita concentração. Ainda houve possibilidade de vislumbrar uma paisagem magnifica da serra com a barragem e respectiva albufeira lá em baixo entre duas colinas. Com a aproximação à cidade também aumentava a ansiedade. O cansaço já era significativo, e depois de passarmos por um sigle track com muita vegetação, surgiu uma pequena subida – foi uma pequena desilusão, pois achávamos que seria sempre a descer e nesta altura qualquer subida era uma grande subida.

A última zona de controlo ficava no topo, e a parti deste ponto sim, era sempre a descer. Um trilho largo de terra antecipava a entrada na cidade. Aí a adrenalina aumentava, pois a descer era rasgar as ruas da cidade a grande velocidade como se ainda não tivéssemos feito 100 km. A entrada para o jardim onde está situada a meta foi feita pelo lado oposto ao que tinha sido nos outros anos. O anúncio nos altifalantes da minha chegada foi o corolário de uma excelente prestação pessoal, pois fisicamente ainda tinha reservas. Mentalmente, o gozo ainda foi maior, pois tinha atingido mais que um objectivo...tinha alcançado algo de bom na minha vida e uma gratificação que me passava ao lado à alguns meses. No meio do publico estavam já o Fitas e o Pedais, já com o banho tomado, e com umas cervejas no bucho à espera que chegássemos. O Centenário chegou dez minutos depois e juntou-se à festa.

De referir ainda que para o Pedais e para o Fitas a maratona também correu bem, apenas o Pedais caiu já na descida para Portalegre mas sem se magoar (queria imitar o Quedas!)


Houve ainda tempo para eu usufruir de uma massagem e para o Centenário ganhar uma bicicleta no sorteio da chegada. Ele há malta com sorte!!

O almoço incluído no programa, que para nós já é jantar, é muito do nosso agrado, pois tem sempre incluído sopa de Cação - uma verdadeira delicia!

Depois do jantar viajámos até Badajoz, onde aproveitámos a noite amena para beber uns copos na esplanada de um bar, partilhar as aventuras do dia e relaxar um pouco. À vinda enchemos o depósito de gasóleo (só por ser melhor que o português!) e pernoitámos em Elvas.

O dia de Domingo é para fazermos a viagem de regresso, viagem essa que dura grande parte do dia. Pelo caminho almoçamos e fazemos turismo visitando algumas vilas e cidades alentejanas.

No final este fim de semana é sobretudo a confraternização de um grupo de amigos que tem o gosto comum pelas bicicletas. E para o ano em principio haverá mais....

http://www.asespedal.net/2006ases/

Veja o filme da prova:
http://www.btt-tv.com/index.php?option=com_content&task=view&id=190&Itemid=190

Monday, May 25, 2009

GloriaBTT maratona 8 de Março de 2009

O Domingo acordou nebulado e fresco mas ainda assim em boas condições para um bom passeio de BTT. A rapaziada, claro, estava entusiasmada para se aventurar pelo vales e montes da charneca ribatejana. À chegada à vila o frenesim já era grande. O passeio contava com cerca de 430 pessoas inscritas que se iriam dividir pelas diferentes distâncias.

Cerca das 09:00h lá arrancamos para fazer os 50 km da maratona. Ritmo lento no inicio, para permitir um melhor aquecimento, e a redução da densidade populacional, pois nós temos a mania de arrancar sempre em último nas provas. Costumamos dizer que é para fazermos as provas de trás para a frente...mas é na brincadeira, na realidade o nosso espírito ao participarmos numa maratona não é por uma classificação, a competição a existir é apenas pessoal.




O percurso esse, era muito bonito e bem marcado, havendo muitas vezes a separação entre o percurso dos 30 km e o dos 50 km, já que estes se juntavam outras tantas vezes. A primeira metade da prova era muito rolante, alternando com alguns troços mais técnicos. Como não podia faltar, nesta altura surgiu o primeiro abastecimento, oportunidade também aproveitada para descansar um pouco.


O sol entretanto lá foi despertando, assim como o calor, pelo que houve necessidade de tirar alguma roupa. Lá partimos para a segunda metade da prova, esta já a requerer um maior esforço físico, mas foram sempre kilometros agradáveis de se fazerem. Um segundo abastecimento a cerca de 15 km do fim foi o mote para acelerarmos mais o passo em direcção ao almoço. Infelizmente para um dos nossos elementos não foi assim, pois devido a lesão teve de ser rebocado até à vila.



O resto do percurso decorreu tranquilamente, e lá chegamos ao final o que é sempre muito gratificante e motivo de grande satisfação.


Tudo se conjugou para que tivéssemos uma boa experiência de BTT e assim foi. Depois foi tomar um banho e almoçar o belo do cozido à portuguesa.
Foi um passeio em que tivemos muito prazer em participar, quer pelos belos trilhos, quer pela beleza da região.
Os nossos parabéns ao GloriaBTT pela boa organização e pelas boas condições disponibilizadas na realização deste evento.

http://www.gloriabtt.pt

Apresentação dos Canários Rolantes

Rui Duarte - o Fitas
Elemento fundamental na equipa. Com ele a equipa está sempre unida e bem disposta - é como que o capitão de equipa. É capaz de se sacrificar pelo bem dos outros elementos (pelo menos é o que ele diz!!). Para além da fita na cabeça, também é vulgar vermos aqueles longos caracóis com mousse. Ainda hoje não recuperou dos 8 minutos de atraso eheheheh




Paulo Antunes - o Pedais
Elemento pioneiro destas andanças. O seu nome vem desde a edição Portalegre 2007 para a qual montou pedais novos, e durante a prova não conseguia desencaixar os sapatos, e também não dizia a ninguém, até que parou e...caiu. Elemento que rola com muita tranquilidade não fosse ele sportinguista. É um dos pilares da equipa.




Juca Jacob - o Centenário
O elemento mais velho da equipa, mas o mais afoito. O seu nome é uma homenagem por ter sido o primeiro de nós a fazer os 100 km de Portalegre (edição 2008) - é o orgulho da equipa e a sua inspiração. Mostra grande á vontade quando tem de se exprimir em castelhano eheheheh, o que tem sido útil para os estágios da equipa.




Vítor - o Vitinho
O Chefe de fila da equipa. Ao contrário do Vitinho da TV, este não deixa dormir ninguém. Dotado de grande disponibilidade física, julga que os outros também não precisam de descansar. É o elemento ideal para fugas nas tiradas, se bem que nunca as houve ehehehehe. Apesar de ser o "Armstrong" da equipa, nunca deixa ninguém para trás.




Rui Faustino - o Quedas
Recordista da equipa nesta modalidade (quedas), tanto em quantidade como em qualidade, tem o espantoso score de duas aparatosas quedas em cinco minutos, e muitas outras para contar. Contudo, também já fez outros caírem eheheheh É conhecido também por "mau feitio", já que nunca espera por ninguém. É outro pioneiro.





Pedro - o Benjamim
O mais novo elemento da equipa. Com ele a equipa ganha irreverencia e jovialidade. Mas não é só, também ganha um grande representante para provas de meia maratona. É um Canário com grande talento e com um potencial de evolução enorme. Contudo é como pessoa que mais se destaca, sendo amigo do seu amigo e um grande companheiro. O sucesso junto das jovens é lhe tão natural como pedalar.



Saturday, May 23, 2009

Boas vindas

Olá, seja bem vindo a este blogue.

A ideia que fez nascer este blogue é a de partilhar algumas vivencias e experiências da minha vida e não só, com os amigos e com o publico em geral que tenha, sobre os temas aqui retratados, um interesse comum.

O assunto de fundo que vai servir de estrutura ao blogue é a bicicleta.

Segundo a wikipédia, "A bicicleta é um veículo com duas rodas presas a um quadro, movido pelo esforço do próprio usuário (ciclista) através de pedais. Foi inventada no século XIX na Europa. Com cerca de um bilhão de unidades em todo o mundo, a bicicleta é usada tanto como meio de transporte no ciclismo utilitário, como objeto de lazer no cicloturismo e para competições desportivas de ciclismo.
A bicicleta também é bastante utilizada como meio de transporte no dia-a-dia, por ser um transporte barato, ecológico e saudável."

Para além de se falar de bicicletas e da sua utilização (passeios de BTT, maratonas, cicloturismo, etc), aproveitaremos este espaço para introduzir outros temas que acabam por se relacionarem com o espirito de desporto e lazer de um utilizador de bicicletas, como seja a ecologia, o turismo, ou ainda outras actividades como a orientação ou o geocaching.

Gostaria de acrescentar que esta é a minha primeira experiência nesta área dos blogues, pelo que sou um aprendiz, e como tal, estou aberto a propostas e criticas no sentido de melhorar este espaço.

Assim, espero poder contar com as vossas opiniões e as vossas experiências deste mundo fantástico das bicicletas que apaixona milhões de pessoas em todo o mundo.

Muito obrigado pela sua visita.

Friday, May 22, 2009

BTT & Ambiente

Mais um blog na internet, pensará o caro leitor. Não quero ser apenas mais um, mas fazer pelo menos uma pequena diferença.

Tentarei explanar aqui as minhas aventuras em BTT, as minhas opiniões sobre tudo aquilo que achar relevante mas também as minhas preocupações a nível ambiental.

Tentarei que este espaço seja agradável, de fácil leitura, onde as pessoas possam partilhar a sua opinião sobre os mais variados temas.

Espero conseguir chegar a uma pequena audiência, que também partilha o gosto pelas bicicletas, BTT e ambiente.