Monday, June 8, 2009

Semana de Cicloturismo - Capitulo 1 Bobadela-Santarém 10.05.2009

Dia 1 (10.05.2009). Bobadela -Santarém 92 km

Domingo. Ao contrário das minhas expectativas, a semana começava chuvosa. Enfim, o que tem de ser, tem de ser, lá pensei. Peguei na bicicleta pela primeira vez com ela carregada e lá parti da Bobadela, o km zero.

Tinha combinado às 09:30h com o Fitas e o Centenário em Sacavém e já estava atrasado. Eles iam fazer o seu passeio domingueiro, e acompanhavam-me em parte do percurso. No entanto, só apareceu o Fitas, pois o Centenário teve um compromisso de última hora e não pôde vir. Os primeiros quilómetros pela nacional 10 pareceram-me a bom ritmo, íamos distraídos na conversa e a chuva tinha deixado de cair. Cruzámo-nos com vários ciclistas que aproveitam o Domingo e o facto de haver pouco transito para circularem na Nacional 10 (no outros dias é quase impossível). À chegada à Castanheira do Ribatejo, despedi-me do Fitas. Daqui para a frente seguiríamos caminhos diferentes. Daqui para a frente seguiria sozinho. Ficaram os desejos da praxe de boa viagem, que tudo corresse bem – e iria correr.


Uma paragem no Carregado para um pequeno lanche, e de novo de volta à estrada a caminho de Azambuja. Passar por grupos de peregrinos cortava a monotonia do dia cinzento, e havia vários grupos na estrada com os seus carros de apoio. Ao chegar à Azambuja, segui pela estrada da lezíria, por ser uma estrada menos movimentada que a estrada nacional. Tentei sempre durante o circuito optar por este tipo de estradas menos movimentadas, por serem mais seguras e por permitirem um andamento mais descontraído. Uma placa a indicar a existência de uma praia fluvial levou-me a fazer um pequeno desvio. Vista a “praia”, tiradas mais umas fotos, voltei à rota.


Para adicionar algo mais a esta viagem, para além do escape, do turismo, do lazer e do prazer, resolvi fazer também geocaching (www.geocaching.com). Gravei a localização de umas caixas no GPS, complementei essa informação com as necessários instruções e lancei-me atrás dos “tesouros” (esta actividade faz-nos descobrir verdadeiros tesouros turísticos). A primeira caixa implicava fazer um desvio da rota para fazer uma visita a uma aldeia típica da região. A aldeia da Palhota onde habitavam e habitam pessoas que vivem da actividade piscatória do rio Tejo sendo vulgarmente conhecidos como Avieiros.


Realizada a visita à aldeia, e não encontrada a caixa, pus-me novamente a caminho de Santarém. Um pouco mais à frente poderia procurar outra caixa que estava “escondida” na ponte Rainha D. Amélia. Antes passava pela aldeia de Valada, que faz parte do caminho de Fátima. A ponte era logo a seguir e desta vez encontrei a caixa e o tesouro turístico que é esta ponte, de certo uma referencia da engenharia da época, projectada pelo sr. Eiffel, o tal que também projectou uma torre em Paris. Entretanto era hora de almoço.



Voltando à estrada, passei ao Vale de Santarém e dirigi-me à Póvoa da Isenta, pois o final da etapa era nas Fontainhas, uma aldeia periférica de Santarém, onde ficaria alojado na casa da família da minha madrinha. Para chegar à Póvoa da Isenta o GPS (através do cálculo de rota para bicicletas) “mandou-me” por “estradas sem pavimento” o que me deixou um pouco preocupado, pois não sabia até que ponto o meus pneus aguentariam este tipo de piso. Passei por esta situação umas poucas de vezes durante todo o circuito, e felizmente não tive nenhum furo. O resto do caminho, já em estrada alcatroada, decorreu tranquilamente. Ao km 92 dei por terminado o meu primeiro dia de cicloturismo. Esta etapa era bastante acessivel com baixo acumulado de altimetria e por sorte não apanhei os ventos dominantes, que normalmente sopram de Norte. O resto do dia foi passado em familia.

Dados da etapa:
Distância: 92 km

Tempo a pedalar: 05:24h
Tempo parado: 01:41h

Média a pedalar: 17 km/h
Média geral: 12,9 km/h

Altimetria: 554 metros

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