Saturday, October 24, 2009

Gula: O pecado mortal?

Caros leitores, neste post gostaria de abordar uma questão ecologica poucas vezes discutida, mas que é de importancia elevada para o ambiente: a nossa alimentação!

Vou transcrever um texto do site "www.receitasvegetarianas.com" onde o assunto é esmiuçado.

"Porquê ser vegetariano?

Entre outras razões para adotarmos uma dieta vegetariana destacam-se as seguintes: anatômicas e fisiológicas, higiênicas, de saúdes, econômicas, estéticas, ecológicas, éticas, espirituais e religiosas. Vamos listar aqui as mais comuns.

Ambiental e Econômica

Utilizar menos recursos naturais para a obtenção de alimentos.

Certamente esse aspecto é muito esquecido pela maioria dos ecologistas e da população, talvez por ser escondido pelas grandes empresas produtoras de carne e pelo interesse econômico do governo. Em 7 anos, dobrou a produção mundial de carne: são 2500 milhões de toneladas anuais. Na Amazônia, segundo estudo do Centro para Pesquisas Florestais Internacionais (Cifor, na sigla em inglês)existia em 2002 57,4 milhões de cabeças de gado contra 22 milhões de habitantes, ou seja, muito mais gado do que pessoas. De acordo com o Cifor, para cada hectare destinado à agricultura na Amazônia, existem hoje seis hectares de pastagens para o gado. Temos hoje inúmeros dados que provam os grandes impactos, muitas vezes irreversíveis, que o consumo de carne implica. A pecuária foi o principal fator responsável pelo desmatamento da mata atlântica, da caatinga, do cerrado e agora da Amazônia. O desmatamento da Amazônia por queimadas gera 2 milhões de toneladas anuais de CO2 , o que corresponde a 2/3 das emissões brasileiras de gases poluentes. Mesmo assim, no Brasil, vê-se aumento na exportação de carne. Isso ocorre por ser mais barato produzi-la aqui, justamente pelos danos ambientais não serem interiorizados no preço da carne exportada. Ou seja: com a pecuária, retiram-se muito mais recursos do país do que se recompõe (fonte: João M. Filho – Instituto Peabiru, Belém).

Para se ter uma idéia, a indústria de carne é uma das maiores responsáveis pela poluição da água, pois, apenas para se ter um exemplo, um porco excreta de 7 a 8 vezes mais que um ser humano por dia. Uma criação de porcos média produz tantos excrementos quanto uma cidade com 12 mil habitantes. Esses excrementos vão parar em açudes ou em alguns esterqueiros muito mal planejados. Além disso, a pecuária é uma das maiores consumidoras de água. São necessários 35 litros de água por dia para sustentar um boi e de 90 litros por dia para sustentar uma vaca leiteira (dados da FAO – Food and Agriculture Organization). Para se produzir 1 kg de carne, precisa-se de 15 mil litros de água; no entanto, para se produzir 1 kg de cereal, precisa-se de 1,3 mil litros de água. É uma diferença gritante para um mundo que está sofrendo com vários problemas relacionados à falta de água. A produção de um único hambúrguer consome uma quantidade de água suficiente para 17 banhos de chuveiro. Além disso, a produção industrial de animais é responsável pela infiltração de medicamentos e hormônios nos lençóis freáticos (fonte: Natürlich Vegetarisch e EarthSave Magazine - Primavera 2000).

Na questão da terra, temos cerca de 80% das áreas cultiváveis usadas para a criação de animais. Em um hectare de terra podem ser plantados 22.500 kg de batatas, mas, na mesma área, só podem ser produzidos 185 kg de carne bovina (dados da FAO). Num país onde a maior parte da população é miserável e passa fome, a maior parte dos alimentos produzidos é destinado para sustentar o luxo da carne, sendo que a carne alimenta somente uma pequena parcela da população, essa que certamente, se deixasse de comer carne, não iria passar fome, pois tem acesso a variedades de fontes alternativas. Além disso, com os cereais produzidos para a demanda da pecuária, poderíamos alimentar 1/3 da população mundial, que é a que passa fome. Estudos patrocinados por entidades ecológicas norte-americanas concluem que mais de 1 bilhão de pessoas poderiam alimentar-se com os grãos, sobretudo soja, destinados à alimentação do rebanho bovino norte-americano. E mais: a economia em grãos conseguida se os americanos reduzissem em apenas 10% o consumo de carne seria suficiente para alimentar o mesmo número de pessoas que, segundo os estudiosos, morre de fome no mundo a cada ano (fonte: Como Defender a Ecologia, ed Nova Cultura).

O peixe não escapa dessa. Só a indústria de atum enlatado é responsável pela morte de mais de 150 mil golfinhos por ano no Oceano Pacífico (algumas fontes alegam que são 250 mil). A compra, seja de uma lata de atum ou de qualquer outro peixe, está estimulando a matança indiscriminada de golfinhos – animais tidos como os mais inteligentes depois do homem. O problema ocorre porque os atuns e outros peixes se concentram freqüentemente sob cardumes de golfinhos, que acabam sendo apanhados pelas redes e arrastados para o fundo, onde morrem afogados. Lamentavelmente, às vezes morrem mais de cem golfinhos para que se possa pescar uma dúzia de atuns (fonte: Como Defender a Ecologia, ed Nova Cultura).

Podemos ver claramente, com esses dados, que o bife de cada dia tem um impacto ambiental assustador. As catástrofes da seca na Amazônia, o clima descontrolado no sul e do sudeste do país e a perda da biodiversidade são apenas alguns exemplos do que os grandes rebanhos causam no mundo."

Agora que leu este texto, espero ter-lhe proporcionado alguns esclarecimentos que lhe permita alargar as suas possibilidades de opções no que à escolha do tipo de alimentação diz respeito.

Por fim deixo o link de onde transcrevi o texto, onde ainda é possível tirar algumas receitas vegetarianas, e assim poder experimentar este modo de vida.

www.receitasvegetarianas.com



Deixo também um site onde o lema é "deixar de comer carne por um dia". Alterar a nossa ementa por um dia, é um bom começo e já estará a ajudar o ambiente. Dê um salto ao site.

www.supportmfm.org

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