Tuesday, October 13, 2009

Ambiente, desenvolvimento sustentável e alterações climáticas.

Caros leitores, hoje será alterado o objecto de assunto deste fórum, do habitual BTT e turismo, para um tema mais sério, que no fundo foi algo a que me havia proposto debruçar quando criei este blog.


A ideia aqui é expressar a minha opinião sobre o tema das alterações climáticas e das politicas que se poderiam desenvolver para combater essas mesma alterações.


Gostaria de dizer que este assunto foi inserido na minha vida e nas minhas preocupações de vida à cerca de 18/19 anos atrás quando estava a fazer o 10º ano de escolaridade na escola secundária de Fonseca Benevides – a responsável, foi uma professora de que infelizmente não recordo o nome. O interessante desta história, é que a mensagem que a professora me passou, ficou interiorizada no meu intimo, e é isso que é difícil fazer com um numero ainda significativo de pessoas, que infelizmente não querem saber ou tem interesses económicos que sobrepõem a tudo o resto.


Portanto, julgo que o primeiro passo nesta “guerra” à poluição deverá ser consciencializar todas as pessoas do que na realidade está a acontecer ao planeta. Eu aqui dividia as “pessoas” em três grandes grupos:


- as pessoas em geral, enquanto consumidoras e geradoras de poluição – especialmente porque são o grupo maioritário e cuja acção tem impacto em todo o sistema.

- os empresários, impulsionadores da criação de riqueza, mas também impulsionadores de geração de poluição, consumo energético e de matérias primas, e cuja sensibilidade para este tema é fundamental para alterar o estado actual de sustentabilidade do planeta.

- os políticos, cujo consciência para este assunto permitirá adequar politicas mais amigas do ambiente à realidade dos países, incentivar uma cultura ecológica e legislar a favor de praticas ambientais correctas.


A todos eles será pedido uma mudança de comportamento e atitude.

O maior problema aqui, é que o ser humano procura normalmente satisfazer os seus interesses pessoais e imediatos, em deterimento de interesses colectivos ou de futuro.


Portanto, diria que a educação é um dos aspectos principais, senão mesmo o mais importante, no sentido de reduzir a poluição no planeta:

Educação ambiental


Gostaria que retivesse o seguinte aspecto, e que se lembrasse dele sempre que se sentir legitimado a não pensar no ambiente:


80% dos recursos do planeta (alimentos, matérias-primas e energia) são consumidas por cerca de 20% da população mundial


Significa isto que a América do Norte, Europa e Japão e mais alguns outros, são privilegiados em relação ao resto do mundo. Caso se encontre neste lote, pense que poderia estar no outro e não ter sequer água potável para beber – o que sentiria?


Não quero com isto dizer que mudemos radicalmente o modo como vivemos, algo que seria muito difícil visto estarmos inseridos neste sistema, mas podemos, diariamente, ter acções que aos poucos vão reduzindo o nosso impacto no ambiente, sem deixarmos de fazer o que sempre fizemos. Um pequeno exemplo: pode fazer os mesmos quilómetros com o seu automóvel e ter no final diferentes consumos, situação que vai depender do regime de velocidade que vai impor ao veículo – a isto chama-se eficiência energética, o que implicará menor poluição e melhor optimização do consumo de recursos. Imagine que reduz a média de consumo do seu carro em 1 litro aos 100 km! Agora imagine que 10 milhões de pessoas também o conseguem! E agora imagine que 2 biliões de pessoas também o conseguem! Seria fantástico, não seria?


Agora promova esta ideia da eficiência nas mais diversas coisas que faz no seu dia à dia.

Exemplos: caminhar mais a pé ou andar mais de bicicleta (em detrimento do automóvel), utilizar menos o elevador (subir escadas é um bom exercício), ser racional nos consumos de água e gás (banhos curtos), electricidade (não deixar aparelhos em stand-by ou utilizar lâmpadas de baixo consumo), combustíveis (utilizar transportes públicos), fazer a separação dos seus resíduos em casa, reutilizar o que puder ser reutilizável, reduzir a quantidade de resíduos que produz, etc (há muitas páginas na Net com dicas sobre este tema). Vai ver que não custa assim tanto e estará a ajudar.


O outro aspecto que eu considero fundamental para se inverter a escalada do nível de poluição no planeta, é uma medida que ainda não ouvi nenhum politico evocar, até pelo contrário, ouço muitas vezes o contrário, e que é o seguinte:

reduzir a população mundial!


Senão vejamos, alegamos que deitamos florestas abaixo e destruímos habitats para ter mais campos agrículas, que utilizamos pesticidas para gerar mais colheitas, que consumimos mais combustíveis fosseis para gerar mais energia e fazer face à maior procura, que nos espalhamos pelo planeta e destruímos ecossistemas para promover as nossas necessidade – e isto para satisfazer fundamentalmente os tais 20% da população mundial (os maiores consumidores). Quando estes 20% passarem a ser 30 ou 40 ou 50% (o caso da Índia, Brasil e China que como potencias emergentes começam a aproximar o seu patamar de consumo ao nosso) como será? No entanto todo o ser humano tem o mesmo direito que nós, certo?


“Segundo organismos internacionais que estudam o problema, estabelecendo-se uma relação entre alimentos, energia e recursos naturais, na actualidade, os habitantes da Terra já estariam consumindo 42,5% além da capacidade de reposição da biosfera, déficit que tem aumentado cerca de 2,5% ao ano. Se todos os seres humanos passassem a consumir o que consome um europeu ou um norte-americano, seriam necessários três planetas como o nosso!”

Fonte: www.miniweb.com.br


Para mim, a grande solução para atingir um equilíbrio no planeta seria começar a estabilizar ou a diminuir a população mundial (entre 6 a 7 biliões actualmente), e aí teria de haver um compromisso de todas as nações.


Sei que o assunto é polémico, mas deveria ser pensado.


Esta solução permitiria manter as grandes florestas intactas, permitiria a regeneração de muitas que já destruímos, restabelecer a biodiversidade e os habitats naturais para a sobrevivências dos outros animais – que também precisam dos recursos do planeta. Por outro lado, daria melhores condições de vida a 100% da população humana (milhares de crianças morrem de subnutrição, não chegando à idade de adolescência) e decerto que com as soluções técnicas existentes hoje em dia, e as que virão no futuro, poderíamos viver no planeta de forma harmoniosa e de sustentabilidade.


Não subcrevo uma atitude radical sobre este tema, do ponto de vista de restringir as liberdades individuais como uma medida prioritária, até porque existêm outras medidas, tais como o planeamento familiar ou a erradicação da pobreza como exemplos.


Infelizmente, a maioria dos governos ainda incentiva o aumento da natalidade, por razões fundamentalmente económicas! E assim, espera-se um aumento exponencial da população mundial nas próximas décadas!


“A população mundial chegará a mais de 9,2 bilhões de habitantes em 2050, segundo um relatório divulgado pela ONU (Organização das Nações Unidas).”


Portanto, ao contrário do que os políticos apregoam, isto não é um desenvolvimento sustentável e não nos vai conduzir a bons resultados.


Reconheço que outras soluções estão a ser tentadas e a ser implementadas (energias renováveis, economia do CO2, eliminação dos CFC dos Ar Condicionados, incentivo à reciclagem, entre muitos outros), mas são soluções que não chegam para travar a velocidade de degradação que o planeta já atingiu.


E julgo que se não formos Nós a fazê-lo, a natureza fá-lo-á por Nós...


Por fim, gostaria de vos propor o visionamento do seguinte filme, um documentário excelente sobre o tema aqui retratado, que apesar de ter 1:30h de duração, será tempo e energia bem empregue.


http://www.youtube.com/watch?v=jqxENMKaeCU


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