Fim de semana grande e em grande para os Canários Rolantes.
Cumprindo a tradição, uma vez mais a equipa marcou presença na mítica maratona de Portalegre no passado dia 5 de Maio.
Para esta 11ª edição participaram todos os Canários Rolantes, incluindo o Benjamim que se estreou na rainha das maratonas. Para mim foi o regresso após a ausência no ano transacto.
Fim de semana entre amigos, num clima de grande diversão e boa disposição, que começou logo na sexta feira e terminou no Domingo, cumprindo um ritual que já leva seis edições.
Sábado amanheceu com alguma chuva, situação que não sendo agradável, não foi suficiente para nos retirar o entusiasmo. Após as preparações habituais das bicicletas seguimos para o quilómetro zero, e de seguida para a recta de partida.
Foi com prazer que vimos o amigo Chinita se juntar a nós para a realização da maratona.
Este ano foi notória a redução Substancial do número de participantes, o que nos permitiu ficar bem mais à frente na "grelha" de partida.
Às 09:00h foi dado o início da prova. Muitos populares iam aplaudindo a passagem dos ciclistas dando um colorido engraçado ao evento.
Como é habitual, os primeiros quilómetros foram percorridos em estrada asfaltada, através do IP2 para depois entrarmos novamente na cidade, onde percorremos algumas das suas artérias, para finalmente seguirmos a direcção do alto da serra de São Mamede.
Com 16 km percorridos, a maioria a subir, entramos finalmente nos trilhos, e separámo-nos dos maratonistas que iam fazer os 100 km. Eu, o Pedais e o Benjamim seguimos para a meia maratona.
Bem, o Benjamim já não o vimos mais, ia num ritmo frenético enquanto nós íamos em ritmo de passeio (cada um deu o que tinha!)
O percurso começava agora a perder altimetria e os bons trilhos
permitiam-nos rolar a uma boa velocidade e desfrutar do melhor que o BTT
tem para oferecer.
E apesar de ter chovido nas semanas anteriores, o único sinal que evidenciava isso eram os campos verdejantes. Lama? praticamente nenhuma.
Assim, foi com facilidade que realizamos esta parte do percurso composta por estradões, alguns doble tracks e alguns single tracks, num percurso de grande beleza.
Ao km 27 voltámos a ter uma pequena subida para depois voltarmos a rolar até entrarmos na aldeia de Caia, onde estava instalado a primeira Zona de Abastecimento (ZA).
Fizemos aqui uma pequena paragem.
Aproveitámos para nos deliciar-mos com as iguarias habituais nestes passeios. Entretanto enchemos os bolsos com alguma fruta e barras de cereais para o caminho, e reforçámos a reserva de líquidos - estávamos prontos a continuar!
A partir daqui as dificuldades aumentaram ligeiramente.
Tínhamos pela frente nova subida, com alguns troços mais complicados, e inclinações mais acentuadas.
Ainda assim, o pelotão continuava a divertir-se e com bom andamento (tivemos sempre a companhia de vários ciclistas).
Um grupo de espanhóis dava um tom internacional à maratona, sempre envolvidos numa cacofonia impressionante. Parece que os espanhóis tem sempre assunto, e que falam pelos cotovelos!
Do quilómetro 33 ao 37 esperava-nos um sobe e desce constante, mas sem apresentar grande dificuldade. Foi neste troço que a minha corrente se partiu!
Felizmente que trazia ferramenta apropriada e um elo de ligação - com a ajuda do pedais a avaria ficou resolvida num instante.
Curioso que na mesma subida se encontrava outro betetista com o mesmo problema.
O regresso aos trilhos presenteou-nos com nova descida que nos levou a passar junto a Alegrete.
Um stand de apoio ali instalado, permitiu-nos lubrificar a corrente, o que foi muito bem vindo.
Alegrete significou o ponto de retorno da maratona em direcção a Portalegre. Só que para chegar a Portalegre ainda tínhamos de atravessar a serra de São Mamede no seu ponto mais alto.
Neste ponto do percurso as duas maratonas juntavam-se novamente, e se por um lado já havia muitos ciclistas a carregar a bicicleta à mão, por outro lado via-mos outros ciclistas (da maratona dos 100 kms) a passarem-nos a um ritmo muito forte.
A subida, larga, dividia-se num primeiro troço mais longo em terra batida, para depois entrar em estrada até à Zona de Abastecimento e após esta um último troço em terra até atingir o 830 mts de altimetria. Só aqui ganhámos 400 mts de altimetria, quase um terço do total da prova!
Assim, após termos concluído a primeira parte da subida a bom ritmo, entramos na estrada asfaltada para percorrer algumas centenas de metros até à zona de abastecimento. Estávamos no quilómetro 45 da etapa.
Recuperadas as energias, lançamos-nos para os últimos 15 km.
Regressámos à subida para mais um quilómetro de esforço, com a consciência que atingido o topo, as grandes dificuldades estavam vencidas.
E apesar de ainda haver duas pequenas subidas até ao final, o que predominava eram as descidas já que a meta em Portalegre estava a cerca de 460 mts de altimetria.
Ao contrário de outras edições da prova a primeira parte da descida não era tão técnica como chegámos a apanhar noutros anos. Isto permitiu-nos descer a boa velocidade de forma mais segura.
Cerca do quilómetro 52 passámos junto a Ribeira de Nisa, onde entrámos num sigle track técnico com muita pedra no piso.
Seguiu-se a última subida do dia até ao quilómetro 54, e a partir daqui foi sempre a descer.
O entusiasmo aumentava à medida que o final da prova se aproximava.
Para entrar em Portalegre passámos por uns becos entre muros e casas, até alcançámos as ruas em paralelos.
Percorremos algumas ruas até entrarmos no jardim da Corredoura onde zizezagueamos num trajecto onde o muito publico nos congratulava com aplausos.
Depois foi concluir a prova entrando na recta da meta.
No balanço final, dizer que todos os Canários terminaram a prova e que a satisfação era geral.
Mas o mais importante é que todos chegaram bem, mesmo os que tiveram algumas contrariedades como a indisposição física do Capitão e a avaria na bicicleta do Centenário.
Parabéns a todos e obrigado pelo grande fim-de-semana que vivemos.
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